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sábado, 13 de outubro de 2007

Microsoft: esforços e coincidências

Sendo uma das empresas mais mencionadas em termos de software, sem dúvida a MS é popular e reconhecida em quase todos os países. Mas enquanto esta empresa é tão popular, ela também consegue outras marcas impressionantes.

Falhas de software
Em 11/10/2007, a revista info noticia que Word mantém uma brecha, apesar da mesma ter sido corrigida na terça-feira (9/10/2007), segundo um boletim MS07-060. Mais uma vez, a correção da MS falha. Parcialmente, mas falha. Apenas o Word 2007 e 2003 passaram pelo teste. Claro, que muitos ainda usam o Word XP, por exemplo, e assim sendo, estão sujeitos a esta possibilidade. A explicação mais detalhada deste problema está aqui.

Isso acontece , é normal. Linux, FreeBSD, Solaris, Oracle, IBM, muitas empresas e softwares passam por isso. Logo a MS deve corrigir esta falha também. Seria muito interessante que uma lista muito extensa de falhas, que se arrastam por muito tempo também tivesse alguma solução.


Este tempo de demora nas correções é até compreensível, pois se deve a quantidade dos desenvolvedores disponível na MS. Mais importante seria a correção definitiva que pudesse reduzir a possibilidade de ataques de Malwares diversos, como é o caso de quase todos os outros sistemas operacionais, feitos de tal forma que um ataque destes, em um ambiente corretamente configurado não gere o atual prejuízo. Além disso, se o Windows tivesse estas tão esperadas correções, definitivamente tornaria o anti-vírus desncessário, ou menos necessário.

Mas nem só de software prossegue a empresa sediada em Redmond. Steve Balmmer, proclama mais uma de suas pérolas ao vociferar que os usuários da Red Hat terão que pagar pela propriedade intelectual da MS. Não é a primeira vez que afirma uma coisa destas. E como das outras vezes, não deixa claro quais patentes da MS estão sendo violadas.

Barulhento
Steve Ballmer tem características que o fazem interessante, no desempenho de sua função junto a Microsoft. Ballmer é muito barulhento, gosta muito de chamar a atenção para si. Em uma convenção da Microsoft, por mais de 30 segundos ficou gritando e correndo agitadamente no palco, de um lado para outro, no que ficou conhecido como Dance Monkeyboy. Em um outro evento voltado para desenvolvedores, Ballmer canta um mantra com a palavra desenvolvedores (developers) sucessivas vezes, de modo ritmado. Em um evento no Japão, em 1991, gritou a palavra "Windows" incansavelmente o que lhe valeu a necessidade de uma intervenção cirúrgica nas cordas vocais. Muito tempo antes, ele foi o protagonista de uma propaganda cômica para televisão, vendendo o então Windows 1.0 a US$ 99,00.
Este seu comportamento leva a algumas frases polêmicas como: O sistema Linux é como um câncer que se agarra como um senso de propriedade intelectual em tudo que toca. Neste mesmo link, o articulista procura mostrar, logo de início, que por trás da guerra das palavras, a MS demonstra crescente preocupação sobre o Linux e sua popularidade crescente. O Unix e assemelhados surgem como uma barreira que impedirá a MS de alcançar
uma posição dominante o mercado mundial de servidores.

Comportamento Violento

De acordo com um ex-funcionário, a natureza competitiva de Ballmer já se mostrou violenta. E tem ficado pior. Em 2005, Mark Lucovsky alegou a uma corte em Washington que Ballmer se irou grandemente quando soube que Lucovsky estava indo para a Google. Levantou e atirou uma cadeira em seu escritório, atingindo uma mesa, ao saber disso. Lucovsky afirma que Ballmer disse sobre Eric Schmidt (Google): "vou enterrar aquele cara, já fiz isso antes e vou fazer de novo. Eu vou acabar com o Google." Pouco depois ele tenta convencer Lucovsky a permanecer na MS. Ballmer qualifica como "exagero grosseiro" do que realmente aconteceu. Lucovsky participou diretamente do projeto do Windows NT, e antes de ir para a Google, estava envolvido no projeto .NET My Services

Ubuntu rebate
Mark Shuttleworth, o fundador do Ubuntu, rebate aqui as acusações de Ballmer de forma enfática: "Isto é extorsão e devemos chamar pelo nome certo. Dizer, como Ballmer fez, que há riscos não revelados de prejuízos contábeis, isto é apenas extorsão e nós devemos recusar ser levados a este jogo. Pelo outro lado, se a Microsoft estiver preocupada com sua propriedade intelectual, não há ninguém na comunidade de software livre que queira violar a propriedade intelectual de outros. Diga quais são as patentes e nós arrumaremos o código. Alternativamente, vá adiante" (cópia direta da tradução). Shuttlework deixa bem claro que estas ameaças, quais quer que sejam, podem ser encaradas. E pede que Ballmer faça o que muitos acham que ele não tem condições de fazer: dizer qual é a patente (ou quais) que estão sendo infrigidas.

Processos
Voltando ao problema da MS, ela mais uma vez acusa uma empresa Linux, desta vez a Red Hat e a Novell de uso indevido de propriedade intelectual próprio. A Red Hat avisa aos usuários que continuem usando o Linux sem preocupações com estas declarações, talvez por não terem fundamento algum.

Entretanto, fazendo uma observação em paralelo, a IP Innovation, empresa que está processando a Red Hat e a Novell, recebeu 2 reforços em seus quadros recentemente: em julho ela recebeu um executivo vindo diretamente da Microsoft, e no início de outubro recebeu outro, desta vez uma pessoa de patentes, segundo o site Groklaw. Exatamente como Ballmer ameaçou. Este texto está completamente em português sobre o assunto.

Ali se encontra uma pergunta interessante sobre Ballmer: "Ele é um profeta ou está apenas bem-informado"? Uma revelação muito mais interessante é que a IP Innovation é uma subsidiária de uma empresa chamada Acacia, cujo vice presidente, Jonathan Taub, veio da Microsoft. Não apenas ele, mas também Brad Brunell se une à equipe de Gerenciamento. Na MS, o sr. Brunell, em 16 anos, passou por diversas posições de gerenciamento, incluindo gerência geral, Licenciamento da Propriedade Intelectual. Dois players muito fortes em suas atividades na MS "migram" para a empresa "detentora" da IP Innovations, Balmer profetiza, uma ação é disparada pela empresa contra Red Hat e contra a Novell também.

É importante lembrar que a Novell é parceira da MS. A própria MS não poderia atacar diretamente. Ou será que isso tiraria a MS da posição de atacante ?

Não acha que é muita coincidência?

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